CINE HB EXIBE DOIS FILMAÇOS

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ZUZU ANGEL
O filme retrata o período de vida em que Zuzu Angel, uma costureira de classe média, desponta no mundo da alta costura e vê as portas do mercado internacional se abrirem à sua produção. Isto, enquanto seu filho Stuart Angel Jones (Daniel Oliveira) se descobre revolucionário e vai às ruas, lutar contra pelo restabelecimento da Democracia e contra o imperialismo americano.
Zuzu faz vestidos floridos para esposas de militares enquanto Stuart vive o pior da perseguição política. O distanciamento ideológico evolui ao distanciamento físico, até que a morte nos porões da Ditadura separa, definitivamente, mãe e filho.

É a perspectiva da narração que faz de Zuzu Angel um grande filme, comovente quando poderia ser apenas panfletário. O roteiro de Marcos Bernstein e Sérgio Rezende mostra uma mulher que se vê impelida a lutar contra todo um sistema político - não por convicções pessoais, mas para ter o direito natural de sepultar o corpo do filho. E toda a aflição da personagem pode ser sentida pelo espectador, gradativamente, o que faz de Zuzu Angel um filme tenso e emocionante.
A estilista vai até as últimas conseqüências em sua luta por Justiça. Toma para si a coragem do filho e usa de todos os métodos para se fazer ouvir em meio à censura generalizada. Quando a indignação pela morte de Stuart evolui a uma consciência da repressão que assolava o Brasil, Zuzu emprega a moda como instrumento para divulgar sua indignação. As cores alegres dos vestidos que faz cedem espaço aos tons escuros; as estampas floridas são substituídas por grades e pássaros aprisionados.
Impossível não compartilhar seu choque com a realidade brasileira de então. Impossível não sentir repulsa pela frieza e arrogância dos militares, que enxergam na personagem um inimigo e nunca uma mãe em desespero. Em Zuzu Angel, política e emocional são dosados na medida certa.
Impossível também não causar estranheza a posição dos críticos negativistas. Vivemos uma democracia recente, que muitos não aprenderam a valorizar por desconhecer o que representou seu lado adverso. É válido, sim, que o cinema retorne ao tema da Ditadura; melhor ainda se em bons filmes.

O PASSAGEIRO DO FUTURO
Baseado num conto de Stephen King, é o primeiro filme a tratar a Realidade Virtual da forma como conhecemos. Outros filmes ( TRON ) já trataram deste assunto, mas num contexto futurologístico ou então separando muito bem o universo real do virtual, os quais coexistem independentemente. Aqui a história passa no presente, e a realidade virtual é criada por nossos computadores, os quais têm controle total (ou quase) do que acontece.

As idéias contidas no filme estão sendo estudadas e aplicadas. O uso da realidade virtual como ferramenta de ensino ou como estímulo neurológico já possuem um campo muito amplo de estudos. A idéia de Vida Artificial na Net, aproveitando cada segundo de processamento vago, em cada computador ligado na net, para sobreviver.É um assunto já tratado em outros filmes, mas que ainda será muito discutido no futuro por nós. O filme foi exibido na aula de ciência onde se discutiu a tecnologia e o progresso: até que ponto traz benefícios aos seres humanos.

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